Fechos os olhos para ouvir melhor. Deito no gramado para sentir esta música que está tocando agora. Canto a melodia sem letra porque é inevitável. Respiro fundo para sentir o cheiro deste momento. Fico bem quietinho para ouvir tudo sem interferências. Finalmente abro os braços porque já não é mais possível segurar esse gesto. Familiar, não? Somos nós ouvindo música eletrônica! Somos nós ouvindo o Trance!

A música eletrônica é pura sinestesia. Abrimos os braços e evocamos a sensação de quando éramos um bebê e nossos pais nos jogavam para o alto. Um misto de frio na barriga, riso, medo, alegria, empolgação. Quase não conseguíamos respirar. Uma sensação que não tem nome porque as palavras são muito limitantes para descrever.

Ao ouvir algumas tracks que nos tocam profundamente, nos desprendemos dos limites do nosso corpo. Abrimos os braços e fechamos os olhos para voar. Não é à toa que os aviões foram desenhados assim, de braços abertos.

Na pista de dança, quem estiver ao seu lado só tem duas opções: abrir os braços como você para partilhar dessa vibe e energia que estás emanando ou te abraçar. Porque braços abertos são um convite para um abraço! E então ”eu honro a partícula de luz divina que existe dentro de você porque ela também reside em mim” fará todo sentido. Namastê.

Esse é o Trance! Essa é a musica com batidas cíclicas e repetitivas que nos faz voltar à mais primitiva sensação infantil ou que nos leva à viagem mais madura de autoconhecimento. O Trance que nos desperta para a verdade escondida que só o trance pode nos mostrar. Não é por acaso que muitas terapias curativas da alma recorrem ao estado de transe para encaminhar seus pacientes à suas verdades!

O Trance é um convite e está de braços abertos para saudar mais adeptos nessa viagem em busca de inspiração, encantamento, amor puro e energia vital.

Só me resta dizer a você um Namastê.

Até a próxima!