GAIA No princípio havia o Caos (o vazio) e dele nasceram Gaia, Tártaro (o abismo), Eros (o amor), Érebo (as trevas) e Nix (a noite).

Na mitologia grega, Gaia é a Mãe-Terra e Gaia gerou sozinha Urano (o Céu), Ponto (o mar) e as Óreas (as montanhas).

Esses conceitos mitológicos são atemporais assim como a música. E um bom set de Trance nos remete a esses conceitos primordiais de onde viemos, do que somos, do que a vida pode ser.

Você já percebeu que, no Trance, há momentos de caos, momentos de trevas e melancolia em que chegamos a “perder a esperança” mas também muitos momentos de amor extremo em que experimentamos novamente o desprendimento, o desapego e apenas sentimos a vibração da irmandade? A unidade da qual fazemos parte, mas que é esquecida diante da aceleração da vida que levamos hoje? Com o Trance, nos aproximamos do céu, do mar, das montanhas e da natureza?

Não me surpreende que haja um projeto de Trance chamado Gaia. Foi ele que despertou em mim a vontade de pesquisar sobre isso. O Trance é cura. A música é cura.

Aquilo que te convida a revisitar o que você é e te faz refletir sobre perdão, irmandade, amor fraternal, respeito ao próximo em sua grandeza, só pode te levar para uma direção: ser melhor.

Quem nunca saiu de uma festa de música eletrônica fascinado com o clima, a vibe e a forma como passou a sentir e ver as coisas?

Até mesmo nos momentos de “trevas”, o bom Trance nos lembra que existe a sombra. Que só existe o bem na presença do mal, a luz na ausência da escuridão. Portanto, sim! O Trance ensina.

O Trance inspira. O Trance nunca morre assim como a mitologia, as religiões, os conceitos sobre a vida, o nascimento e a morte.

Quanto mais nos aproximamos dessa realidade, desse questionamento sobre nossa humanidade, mais estamos preparados para transcender.

Transcender dançando, expandindo nossa energia para fora de nosso corpo, exalando amor e luz e tornando possível ocupar no mundo um espaço maior que nosso corpo material! E saber que não há limites, é mágico. Transcender é mágico.